Porque a vida é feita com as cores que queremos no desenho que idealizamos, uns dias como o arco íris, outros apenas a carvão.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
É ele e sempre foi ele, porquê? Nem eu sei bem, mas vai ser para sempre...
Vou-vos contar ou de novo a história que comecei no ano passado sobre o amor da minha vida e nunca terminei por ser tão grande e por não me conseguir expressar corretamente.
Apesar de ser uma história por terminar pois ainda falamos e ainda nos vemos vou escrevê-a, porque sim, porque foi e é importante para mim e porque é uma pessoa única na minha vida que nunca vou conseguir esquecer ou ultrapassar corretamente pois vai ser sempre um daqueles romances mal resolvidos.
Tudo começou no fim dos meus anos de faculdade. Ele era da mesma escola, de cursos diferentes, mas com aulas em comum e intervalos compatíveis. Não, não o via todos os dias e não falava sequer com ele. Nunca dei conta da sua existência pois para além de ter namorado, o que não me torna numa pessoa cega, achava piada a um outra rapaz da sua turma e esse sim sempre me despertara alguma curiosidade e mesmo não falando com ele era com ele que trocava os olhares mais comprometedores.
As minha colegas falavam constantemente num rapaz que achavam muita piada por ser tão giro e interessante e u, despistada como sou, nunca dei conta de quem seria, quando um dia à hora de almoço elas me disseram: É aquele. Eu olhei e era ele, não me despertando qualquer motivação em querer reparar melhor na sua beleza tão cobiçada entre as mulheres. Corria umas histórias dele se ter envolvido com uma colega do curso oposto ao meu e que a mesma se iria casar, o que seria traição, mas vá a história ficou por ali e ela mais tarde casou-se na mesma, não com ele.
Acabou a licenciatura e estou eu em casa entretida no Facebook quando me cai um pedido de amizade, dele, ao qual eu aceito e ele vem falar comigo no chat. Achei aquela conversa típica de engate e alinhei, não sei bem porquê, talvez por ser uma pessoa conhecida da faculdade, talvez por ser um dos cobiçados de meter inveja eu estar a falar ou talvez mesmo por estar saturada da minha relação que já me andava a sufocar faz alguém tempo. Não nos demos minimamente bem ao início, entrando mesmo em permanentes discussões pois ele achava que eu estava sempre a provocar e falava entre linha e ele não me conseguia entender. Verdade seja dita, ao início eu provocava-o bastante pois, na net flirt é flirt e ele não admitia isso o que me irritava fazendo-me dizer-lho várias vezes.
Trocamos número de telefone, apesar de tudo, até que um dia ele me mandou mensagem a dizer o quão mal se sentia pois tinha perdido um ente querido e precisava de estar com alguém, da companhia de alguém e de desabafar. Pensei duas vezes se deveria apoiá-lo e ir ou simplesmente dizer-lhe que não dava, mas podíamos falar acerca do assunto por mensagem na mesma, mas fui.
Ele sabia, pois tinha-me perguntado, que estava numa relação e que já não me sentia bem nela o que não o fez demover-se de tentar algo na mesma cmg. Fui ter com ele num carro que não era o meu e após falarmos um bocado aconteceu, trocámos uns beijos e a partir daí foi uma confusão total pois ele não nos entendíamos e ele não sabia bem o que queria.
Tinha tido uma namorada durante um ano e o assunto tinha ficado tremido, voltaram a estar e a publicar eventos em comum no face o que deixou mesmo desiludida e tentei esquecer. Mais tarde voltaram a separar-se e ele voltou a insistir em estar cmg. Por desde o início sentir uma ligação diferente entre nós levei tudo direitinho, como achei que devia ser, os primeiros encontros foram suaves, com conversas de café, nos carros e algumas trocas de afeto, nada mais. Víamos-nos uma ou duas vezes por semana em sítios escondidos o que nos convinha aos dois, a mim pois ainda tinha uma má relação por resolver e a ele porque tinha saído de um há pouco tempo e não sabia o que queria. Comecei então a questioná-lo sobre o porquê de não avançarmos para nos podermos ver mais e estarmos mais vezes, o porquê de não termos conversas curriqueiras, quando apenas falávamos na forma como nos encontraríamos e no que podíamos fazer, se é que me faço entender. Daqui surgiram as respostas curtas como: Não seja assim, não compliques, é cedo, vamos com calma, tem calma e é melhor assim, eu gosto de ti mas, e o tão típico dele, "enfim".
Para vos ser muito sincera e com alguma vergonha na cara, passaram três anos e isto continuou igualzinho. Tivemos discussões, afastámo-nos, voltámos a estar juntos, fomos à praia ao cinema, a nossa primeira vez foi ao fim de três encontros mais ou menos e foi marcante porque não foi como ambos esperávamos, ou seja, ele despachou-se cedo demais se é que me entendem e disso-mo, ao qual eu apoiei e disse para não se preocupar, não era o mais importante,mas sim o facto de estarmos juntos e de eu gostar dele.
Ele nunca mais teve ninguém e eu que terminei o meu namoro por causa dele também nunca mais consegui ter ninguém pois ele também não o permitiu porque sempre fez questão de estar presente na minha vida com mensagens e chamadas tardias. Com plena consciência de que ia tendo os seus affairs e eu confrontando-o com isso passei várias fazes e mostrei-lhe todas as minhas caras, chorei, perdi peso chegando mesmo a fumar cigarros as 9 da manhã sem sono e sem nada do estômago a ter noites sem dormir e sem vontade de viver a minha vida, a gritar com ele, a tratá-lo mal, a dizer que estava completamente apaixonada por ele, a ignorá-lo, a bloquear-lhe o número de telemóvel, tudo...sempre me deu a volta...sempre me fez sentir idiota por ser tão fácil nas suas mãos, um autêntico brinquedo que usava e abusava quando bem lhe apetecia.
Uma noite em que saí com as minhas amigas cruzei-me com ele e senti-me tão mal que acabei anoite a chorar com elas compulsivamente no carro questionando-me no porquê daquilo me estar a acontecer, no porquê dele não me deixar ir embora e ao mesmo tempo não me agarrar dando-me desculpas esfarrapadas e mantendo-me às migalhas. Ora falava comigo ora me desprezava. Bem vistas as coisas ele nunca esteve lá para mim quando eu sempre estive a quando precisou. Até trabalho lhe arranjei o qual fez questão de estragar a contratação tendo ido à entrevista e não metendo lá mais os pés, tantas vezes tentara o mesmo para as minhas amigas e a ele consegui-lhe a entrevista.
Hoje estou a tentar reconciliar-me com o meu ex-namorado e as mensagens continuam a cair com um espera por mim, vamos acabar juntos, eu gosto de ti, és especial e sinto-me bem nesta vida, sozinho e sem depender de ninguém mas é de ti que eu gosto e é contigo que quero ficar. Difícil lidar com isto quando tanta gente, mesmo amigos em comum os quais confiei a minha história me disseram sai dessa, não vale apena e ele não é para mim. Uma das frases que me vai ficar marcada para sempre foi a de uma amiga minha que hoje em dia mal falo e que é nossa amiga em comum: "Ele não é homem para ti". Sim esta frase foi proferida no primeiro dia que me cruzei com ele antes mesmo de termos estado pela primeira vez junto. Num dia que saíra à noite e ao entrar num bar dei de caras com ela e atrás dela veio ele todo risonho como quem tivesse acabado de ganhar a lotaria ao ver-me ali. Não estive com ele nessa noite pois mesmo nessa noite foi o tempo de o cumprimentar e dele desaparecer no meio do bar. Reposta dele: "Pensei que viesses conosco e fui entrando". Pois claro. Engraçado que pensando bem nas coisas nunca estivemos propriamente juntos em público, pelo menos na nossa cidade, minto estivemos no cinema e algumas vezes rápidas cruzámos-nos no bar cumprimentámos-nos e seguimos caminho como se de amigos comuns se tratasse.
Hoje em dia falo com ele com algum desapego, sinto que gosto bastante dele e que nunca o vou conseguir esquecer ou deixar de estar lá quando precisar de mim e ele sabe disso, mas sinto ao mesmo tempo que o que temos já é ridículo e que nada mais posso fazer a não ser vê-lo como um caso perdido. Tenho ao mesmo tempo pena dele e de mim porque quando estou com ele e estamos bem ele consegue e«despertar o que de melhor tenho em mim e faz-me feliz mas é sempre por pouco tempo e logo de seguida abandona-me. É triste porque tenho sempre a sensação de que poderíamos dar certo contra tudo e contra todos, parece que já fomos um do outro noutra vida. É um sentimento estranho. Sempre que nos afastamos e penso nele ele inacreditavelmente lembra-se de mim como se sentisse. Há coisas que não têm mesmo explicação. Acho que depois dele passar pela minha vida nunca mais vou conseguir sentir o mesmo por ninguém e agora esta história ainda não teve um fim. Não faço idéia de quando vai terminar ou como vai terminar mas estou cá para ver e admitir que sim, eu fui e sou apaixonada por ele. Infelizmente um sentimento não correspondido da mesma maneira.
Se a mim está destinado amar o errado, não me ser dado o mérito pelo que sou e sofrer pelo não correspondido, não percebendo o porquê de tanto tempo sem dar, mas a tentar, não sei nem soube o que é o amor e não sou merecedora de tal. Talvez ele seja pois tem o meu. Eu não tenho o dele.
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